ODILON DE OLIVEIRA Odilon de Oliveira nasceu em 26/02/1949, na Serra do
Araripe, município de Exu, Pernambuco. Filho de pais lavradores trabalhou na
roça até os 17 anos de idade. Foi alfabetizado na roça, à noite, em sua própria
casa, após ter dia inteiro de trabalho. Entrou tarde na faculdade de Direito,
vindo a se formar aos 29 anos de idade. Foi Procurador Autárquico Federal,
Promotor de Justiça, Juiz de Direito. É Juiz Federal desde 1987. Sempre
trabalhou em fronteiras como magistrado federal, na área criminal: Mato Grosso,
Rondônia e Mato Grosso do Sul. Já condenou centenas de traficantes
internacionais. Atualmente, é titular da única vara especializada no
processamento dos crimes financeiros e de lavagem de dinheiro de Mato Grosso do
Sul, com jurisdição sobre todo o Estado. Seu maior sonho é ver a juventude
livre das drogas.
Drogas/Uso
O Congresso Nacional estuda
descriminalizar o uso de drogas e a posse ou plantio para consumo próprio.
1) Se esse projeto vier a ser
aprovado, o Congresso Nacional estará incentivando o uso e, via de
consequência, a produção e o tráfico. Essa atitude significará um induzimento
oficial ao suicídio coletivo. O traficante é um genocida, que mata por atacado,
sem olhar a quem. Mata nossos filhos, netos, vizinhos. Destrói lares, a
juventude, esperanças, sonhos.
2) Aumentando a legião de viciados
que o Brasil possui, na mesma proporção do consumo crescerá o tráfico, que,
neste país, é combatido por uma polícia sem estrutura, sucateada, sem
motivação.
3) Não se deve continuar aplicando o
mesmo tratamento a viciados e a meros usuários. O dependente é dominado pelo
vício. O mero usuário tem autonomia de vontade e alimenta conscientemente o
tráfico, ajudando a crescer e a prosperar essa indústria da morte. O não
viciado deve ser punido. O dependente deve ser tratado, voluntária ou
compulsoriamente, e receber uma reprimenda leve, de acordo com suas condições
pessoais, como prestação de serviço à comunidade, pagamento de uma multa. O que
não se pode é colocar na mesma vala um e outro.
4) Além de representar uma falta de
compromisso com a saúde pública, com a segurança, com as famílias, com a
humanidade e com a vida, esse projeto, se aprovado for, significará mais um passo
para a descriminalização do próprio tráfico. Aí, o Brasil se transformará num
narcobrasil e a juventude numa massa narcodependente. Tenho pena das famílias e
dos homens do amanhã.
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